EU TENTEI MAS NÃO CONSEGUI! by Elizandra dos Santos
Quem nunca? Já ouvi várias vezes essa frase e eu mesma já usei durante anos.
Em
tempos ainda caí nessa armadilha e o meu colega Mentor Jaques chamou-me atenção
e disse mana essa palavra “vou tentar” não pode fazer parte do teu vocabulário,
pus-me a rir e em seguida agradeci pelo reparo.
Vamos juntos reflectir de forma bem
descontraída e sem julgamentos. OK!
Vem comigo!
Quem diz que tenta fazer alguma coisa, na verdade não faz.
Ninguém tenta comer diante a uma terrível crise de fome, ninguém tentar fazer amor dentro do
relacionamento, ninguém tenta rir quando está com raiva a flor da pele, ninguém
tenta restaurar o casamento quando ainda existem sentimentos. Para essas situações
temos duas opções: ou fazer para obter resultados diferentes, ou não fazer para dizer tentei fazer.
Digo isso a meus clientes que me vêm com essa
frase: “ Elizandra, eu tentei bater aquela meta, mas não consegui”. Na verdade,
essa é uma desculpa de quem lá no fundo da alma evita agir. Agir dá trabalho,
mudar de direcção dá trabalho, prestar atenção aos pensamentos, sentimentos,
atos e atitudes dá trabalho. Fazemos uma vez e, porque não deu certo, deixamos
de lado e dizemos que tentamos.
Por que isso ocorre?
Porque estamos sempre no modo
automático, mudar os velhos hábitos depende do quanto desejamos a mudança, quais
os ganhos que teremos com ela e como podemos fazer com menos dor e trabalho.
Vemos e agimos por filtros. Mas como isso acontece?
Há três semanas atrás passeando no perfil do Instagram do
meu mentor Marco Victor encontrei uma imagem que me chamou atenção que diz o
seguinte: “ O sofrimento é necessário até que você se dê conta de que ele é desnecessário. – Eckhart Tolle”, após
a leitura da imagem disse a mim mesma hummm mas do que ser interessante é que
de facto faz todo sentido, uma única frase mexeu comigo e fez-me meditar
durante dias, senti que precisava ir mais a fundo da questão. Enquanto meditava
percebi que quer nossas necessidades básicas sejam ou não atendidas, nós
criamos nossos valores e crenças. A partir deles criamos nossos pensamentos,
sentimentos, sensações e emoções, e deles desenvolvemos comportamentos e acções.
Por exemplo: Quando uma criança criada dentro de uma cultura
familiar em que não nutriam sua necessidade de sentir-se protegida e amada, se
essa pessoa era deixada sozinha e não valorizada por suas conquistas, ela pode
criar uma limitação na forma como interage com o outro, porque ela precisa que
gostem dela. Por sua vez esses hábitos são levados para todos os tipos de
relacionamentos na fase adulta, quer em
nível de relações pessoal, profissional ou afectiva. A necessidade de uma
pessoa ser querida pelos outros pode levá-la a situações em que compromete seus
valores para agradar outros. Isso pode resultar em falta de abertura e honestidade
com ele mesmo.
Segundo Richard Barret, nossos valores reflectem o que é mais
importante para nós e também descrevem nossas motivações individuais;
juntamente com nossas crenças, eles orientam nossa tomada de decisão, que, na
realidade, eu prefiro chamar de escolhas.
Uma das formas de mudar esse ciclo vicioso é investir no
processo de auto-conhecimento. É importante aprendermos sobre nossas
necessidades, sentimentos, sensações e emoções para que possamos perceber como
estamos a interagir com nós mesmos e com o outro, se estamos agir para suprir uma necessidade do outro ou a
nossa.
O processo do auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal depende
única exclusivamente de si, se você não fizer nada para mudar essa situação
ninguém fará por si . Albert Einstein
afirma que "insanidade é continuar a fazer as mesmas coisas esperando
resultados diferentes".
Saber o que você quer é tão importante quanto entender o
momento de insistir e o momento de desistir, para tudo na vida há um tempo como
diz as escrituras no livro de Eclesiastes 3.
O que realmente você quer?
O que farás hoje para mudar essa situação?
Quanto vale a sua paz de espírito?
O que isso tem haver com tentar e fazer. Como estamos no
piloto automático, acabamos por ter comportamentos e acções baseados nos valores
e crenças que criamos ao longo da vida ou mesmo aqueles impostos pela sociedade
e acreditamos ser impossível mudá-los,
sob o risco de perdermos nossa identidade. Existem alguns valores que podem ser
fixos e outros que mudam conforme alcançamos um nível elevado de consciência.
É importante acreditar que essa mudança trará benefícios à
nossa vida, que é a consciência e o entendimento de que as escolhas são única e
exclusivamente nossas; percebermos que a vida que levamos é de nossa inteira
responsabilidade e que precisamos deixar de tentar para realmente fazer.
Você quer que os outros mudem? Comece por você.
Nós temos a vida e os amores que achamos merecer. A vida é sua, as escolhas também.
Ser feliz é uma escolha de vida e uma decisão pessoal.
Recomendo que assistam o filme: "As Vantagens de Ser
Invisível".
Abraços,
Até a próxima se Deus quiser.
Elizandra dos Santos - Life Coach
Muito profundo! Para Refletir, Corrigir e tomar novo Rumo.
ResponderEliminarMuito profundo! Para Refletir, Corrigir e tomar novo Rumo.
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